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2010

Bom, já que toda a gente o faz, não vou ser eu a ficar de fora. Prometo que vou arranjar uma qualquer lista de coisas que aconteceram em 2010, e publicar aqui. Mas, para já, bora lá jantar com a malta. A todos (por "todos" leia-se "as duas ou três pessoas que, por masoquismo puro, seguem o meu blog") os meus leitores, um muitíssimo obrigado.
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Human Pacman

Aqui
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Bienvenue, au revoir

Mais um daqueles vídeos imperdíveis. Ver aqui
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Red Bull Illume

Ver aqui
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Para a malta que faz bonecos, e todos os que estão solidários com eles

Clients From Hell
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Obrigatório exprimentar

http://inbflat.net/
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Para dedicar a...

...quem de direito, da parte de dois cúmplices de má língua, que gostam muito de ti, mesmo quando repetes, na mesma noite, por 512935 vezes:

"Eu estou tão bêbada com uma amêndoa amarga"
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Sobrevivente do Holocausto dança "I Will Survive" em Auschwitz
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Sudoeste - dia 3

E, até agora, o melhor do Sudoeste foi... a garrafa de Gazela (é mau, eu sei) que tenho em cima da mesa de cabeceira neste momento.
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Frase do dia (com potêncial para me transformar num monstro homicida)

"Isto não pode acontecer"
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Prova de que estou queimado

Ler no Facebook "Sílvia Monteiro likes Associação Portuguesa Contra a Leucemia and Dança do ventre." e achar que existe, em Portugal, uma associação dedicada a mostrar o seu ódio pela leucemia e pela dança do ventre...
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Parvoice do dia

Porque raio se chama "estado da arte" a um conjunto de artigo científicos, em que a única componente artística existente são manchas de café nas cópias impressas?
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Muito na onda de Hayao Miyazaki, mas com um leve toque "dark & twisted" que o torna muito mais saboroso. A não perder!
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Quem não viu, que veja. É o típico filme de culto, com todas as características dos modernos filmes de culto. Nada do outro mundo, mas ainda assim vale a pena.
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:D

Obrigado por isto, Laurinha ;)
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The Hours



Uma das melhores bandas sonoras de sempre, a par de Yann Tiersen em "O fabuloso destino de Amélie Poulain"
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Optimus Alive! 2010

Hall of Fame




Os The Gossip brilharam e de que maneira. Dizem por aí que tinham mais publico do que a banda que actuava, no mesmo momento, no palco principal (Maniac Street Preachers). Passaram de banda de palco secundário a show-stoppers, arrastando até ao palco secundário uma verdadeira multidão, que fez transbordar a tenda Super Bock. E presentearam quem lá estava com um excelente concerto.



Fenomenais. Inesquecíveis. Geniais. Um GRANDE GRANDE GRANDE concerto. Mostraram porque têm 20 anos desta vida, e porque se podem dar ao luxo de extravagancias como não ter vídeos para os singles, não aparecer na televisão ou outras tantas que tais. Estes senhores sabem dar concertos, e por isso mesmo é que arrastaram uma multidão até ao Alive. E só por isso mesmo é que não vão para o 1º lugar: dar um concerto daqueles é muito difícil, mas ter uma legião de fãs à espera torna tudo muito mais fácil.



E eu que achava que eles só se tinham voltado a juntar por falta de dinheiro. Bom, até pode ter sido por isso mesmo, mas não se nota. Toda a energia e agressividade de que estava à espera estavam lá, e estavam no seu todo. A vocalista, Skin, é uma personagem única, irreverente e eléctrica, um autêntico monstro de palco. Dá arrepios ouvi-los ao vivo. Muito bom.

Hall of Shame




A organização pecou este ano pelo dimensionamento do evento. Que me lembre, nunca ouvi alguma vez falar em bilhetes para festivais esgotados. Não tivessem esgotado os bilhetes, e facilmente teriam havido mais 5000 (no mínimo) espectadores no dia 10. Isto porque o espaço começa a tornar-se pequeno para um festival que quer e está a crescer. Em contrapartida, dia 10, dentro do recinto, não foi tão claustrofóbico como seria de esperar. Havia a já típica fila para tudo e mais alguma coisa, mas nada de insuportável.
O mesmo não se pode dizer da fila que havia, dia 8, para entrar. Tudo por falta de pessoas para colocarem a pulseira para acesso nos 3 dias. Algo facilmente previsível e resolúvel, e que custou 2 horas de festival a muita gente.



Em 2008 deram um concerto fantástico. Agora limitaram-se a tentar repetir isso, sem grande sucesso ou convicção. Sim, têm a sua energia, mais do que muitas bandas. E actuaram perante um público ansioso por Pearl Jam, cabeças de cartaz com um estilo bem diferente do seu. Mas nem isso chega para justificar a apatia que se viu. Foi animado, foi divertido, deu para saltar, sim. Mas faltou a magia que houve em 2008.



Shame shame shame... O duo (sim, há um rapazito que acompanha a já famosa menina do cabelo esquisito) inglês deu o pior concerto do festival. Entraram em palco de fugida, sem pompa nem circunstancia, nem nada de mais, logo ao som de Tigerlily. E durante as 2 primeiras músicas, notou-se que, ou a senhora não canta nada e se esqueceram de afinar os sintetizadores, equalizadores e tudo o mais (o mais provável), ou então que se esqueceu de fazer o aquecimento e entrou a cantar a frio. O que é certo é que a voz da menina era quase insuportável. Depois a coisa lá foi melhorando, e, quando já estava a entrar na onda, o concerto acaba. Menos de 40 minutos depois de ter começado. Não soube a nada, não deu para saborear nem para avaliar o que houvesse ali de bom. Desiludiu e muito, tirando no pedido de desculpa pelos dois concertos cancelados no Lux, este ano. Fica a simpatia que não salva o artista.
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E agora, alguma cultura inútil (que algum dia salvará a vida a alguém)

Público - Nem sempre o baptismo corre sobre rodas
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Hoje...

Contra grandes males, grandes remédios...




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Aceitam-se criticas ao actual aspecto do blog, desde que devidamente acompanhadas por templates melhores que este ;)
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Esta semana....


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E eu, alma tão mal dizente de tudo o que se passa no mundo, ainda não tinha comentado isto....

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Eva

Pequena Eva dos cabelos quarto-crescente, pasteleira de vocação, coração e, acidentalmente, de profissão. Mergulhada por acaso no cinzento mundo das cinzentas pessoas dos cinzentos prédios da cidade cinzenta, pastela e pastela na busca do pecado original. Eva dos cabelos quarto-crescente, queria pastelar o mais perfeito dos bolos: aqueles que fizesse todas as pessoas cinzentas da cinzenta cidade pecar.
Assim, passava o seu dia entre massas, pastas, coberturas e recheios, na busca do bolo que, quando colocado na montra, fizesse as cinzentas pessoas da cidade cinzenta invadir a sua pequena pastelaria de bairro e aí, se deixassem contagiar pelas doces cores e vivos sabores.
No entanto, por mais que pastelasse, Eva dos cabelos quarto-crescente nunca encontrava o pecado original. Todos os seus bolos lhe pareciam familiares, banais, vistos e desgastados. Assim, nunca a sua montra vira cor: todas as manhãs, Eva dos cabelos quarto-crescente entrava na sua pastelaria e pastelava o melhor que sabia. Sempre insatisfeita com o seu resultado, atirava-o pela janela que dava acesso ao beco das traseiras, e limitava-se a sentar-se ao balcão, cabisbaixa, fitando os clientes que teimavam em não entrar, através da montra que teimava em continuar vazia.
Pequena Eva dos cabelos quarto-crescente pastelou e pastelou, até que um dia desistiu. Longe de ter perdido a criatividade, cansou-se de tentar e tentar, e limitou-se a ficar a olhar, através da sua montra cinzenta, para as pessoas cinzentas dos prédios cinzentos da cinzenta cidade. Após este dia cinzento na sua loja cinzenta,
Eva dos cabelos cinzentos ouviu um bater vindo do fundo da loja. Curiosa por natureza, correu até lá e abriu a porta cinzenta que dava para o beco das traseiras. Aí, Eva dos cabelos quarto-crescente encontrou a sua cidade de céu azul, com prédios amarelos e verdes e vermelhos, populada por pessoas de vermelho e verde e amarelo e azul e rosa e laranja e castanho e roxo, e todas elas aguardavam que Eva dos cabelos quarto-crescente pastelasse, e lhes atirasse novamente o bolo pela janela que dava acesso ao beco das traseiras, e assim pudessem continuar a ser e viver de todas as cores.

(Se me continua a dar para estas coisas, qualquer dia estou a escrever contos infantis)
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Fifty People One Question

Conheci este site há algum tempo, já nem me lembro muito bem porquê. Até vos faria uma descrição mas, em vez disso, convido-vos a gastarem (e não "perderem") alguns minutos e irem lá ver. Vale muito a pena.

Fifty People One Question
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Para quem acha que a vida não é uma festa...



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Novo design

Sim, o blog estava a precisar de uma cara nova. Ou então não. Não interessa. O que interessa é que tem uma cara nova.

E exclamam vocês, meus fieis leitores "Ahhh, e fizeste isso só por nós?!?!?".. .. ... ... não.

E perguntam vocês, meio revoltados "Então foi só porque te apeteceu?!?!?!?".. ... .... ...não.

Simplesmente carreguei num botão qualquer, e o layout antigo desapareceu. E como as cores tinham sido escolhidas à mão, não dava para recuperar. Por isso agarrei num layout qualquer dos que o Google disponibiliza, dei umas marteladas no CSS para os vídeos do Youtube aparecerem como deve ser (ao contrário do que acontece por aí em outros blogs com qualidade de design duvidosa), e aqui está o 2º pior design de blog de sempre (sendo que apenas é batido pelo design anterior).

Não vou esperar que gostem, porque nem eu gosto. Espero apenas que o tolerem ;)
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Home

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Xuxa muxa

...ou, pelo menos, foi assim apelidado por uma amiga minha. Mas, na realidade, chama-se Pecha Kucha. E dizem vocês: "É a mesma coisa". E eu até teria coragem de dizer que não, se me conseguisse lembrar do nome do evento...

Felizmente, tenho o hábito de guardar religiosamente todos os bilhetes dos eventos a que vou. E assim sei que se passei a noite no Pecha Kucha, que teve lugar no Museu da Electricidade, em Lisboa. O conceito é muito interessante: cada orador dispõe de 20 slides, cada um durante 20 segundos, para "vender o seu peixe". As apresentações centram-se à volta do design, mas não só. Houve apresentações de arquitectura, fotografia e até de um festival de verão.

A próxima data em Lisboa foi anunciada para Outubro, mas ainda não há qualquer informação online sobre isso. Entretanto podem consultar o site para saber mais informações, ou consultarem a agenda para o mundo inteiro: Pecha Kucha
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Um mineiro e o seu infinito quarteto de cordas

(Minemos então, em busca de uma pedra que nos revele, no seu interior, um diamante, rubi, ou uma simples pepita de prata...)

Avista-se ao longe um certo "quê", um certo vulto, sombra ou simples capricho da ilusão. Sem se fazer valer de grandes formalidades, marca encontro comigo para a sua data. E até lá fica no seu sítio, aguardando, sem que tal o pareça incomodar. Dir-se-ia que a ansiedade ou o aborrecimento da espera não o perturbam, e que seria capaz de ali aguardar o fim do mundo sem sofrer de tais enfermidades, se a isso se propusesse.

E, chegada a sua data, aproxima-se. Saúda-me e partimos, eu e esse misterioso vulto. Não sei dizer bem qual de nós escolheu esta direcção, ou mesmo por que motivo partimos, ou sequer que motivo o leva a tal empreendimento. Apenas sinto, da minha parte, um certo sentimento de familiaridade ao encarar essa sombra. Parece-me que, algures nesse misto de incerteza, mistério e saudade se encontra uma virtude há muito perdida. E, por muito que não a vislumbre, sei que está lá. Por que outro motivo estaria aqui, então, tal personagem?

E, à medida que caminhamos em direcção ao fim desta viagem, soltam-se os mistérios que encobrem esta sombra. Esvoaçam para trás de nós ao sabor de gargalhadas de multidões invisíveis, como velhos trapos negros que se soltam de uma corda de secar, alegres por poderem finalmente voar livremente até ao infinito do esquecimento, eterna morte que há muito reclamavam. E, por cada um desses mistérios que se vai soltando, o vulto começa a definir-se. Perde em tamanho, ganha em definição. A simples sombra de alguém que não existe começa a assemelhar-se a algo de real, a algo de palpável.

Aguardo pacientemente que seja a hora de o agarrar, a hora em que o último dos mistérios se dissipe e que se revele a tão aguardada virtude que no seu centro reside. Mas os mistérios vão-se soltando um a um, sempre ao som de despropositadas gargalhadas dementes e ignorantes. E, sem que nada o faça anunciar, solta-se o último mistério, ao som de cascatas de palmas. E, no seu lugar, o dito vulto que quase era virtude deixou o vazio.

Atrás de mim deixei de ver os mistérios desaparecidos. Deixei também de ver o caminho que percorri, apenas sabendo que estou de volta ao sítio onde comecei. E, aparentemente, nunca dali saí. Não fora eu lembrar-me de tal viagem, de tal vulto, de tais mistérios e de dita virtude que não me quis presentear com a sua existência, e todo o mundo diria que nada aconteceu.

Menos mal que nada disto é novo para mim, que os vultos vão e vêm, e que das minhas viagens um dia rezará um livro...

(...e já que o quarteto se vê infinito, minemos um pouco mais...)

Um orgulhoso filho, eterno aprendiz de seu pai. Cresce a seu lado, sempre bebendo os seus concelhos, sempre seguindo intransigentemente cada uma das suas pegadas. Cresce como todos os filhos que não morrem pelo caminho estão destinados a crescer. Aprende como todos os filhos que estão destinados a ser gente aprendem. Ensina-se a si próprio, à imagem de seu pai. Dir-se-ia que queria ser como o seu pai, mas ele sabe bem que esse não é o caminho a seguir. Sabe que um dia será pai, será pessoa, e não apenas um simples desejo disso mesmo, como o é agora. E continua a aprender, a seguir seu pai como um barco mergulhado na escuridão da noite segue a luz de um farol para chegar a bom porto. Perturba-o a sua incompetência, por falta de experiência, em ser pessoa. Mas sabe que um dia poderá olhar para seu pai de igual para igual, de irmão para irmão. E esse desejo fá-lo seguir sempre em frente, apesar dos típicos tropeções de quem anda claramente por caminhos que a si não foram destinados.

Até que, num momento de origem desconhecida, seu pai erra. E ele sabe-o. De repente, sem esperar que tal pudesse alguma vez acontecer, o aprendiz vê-se confrontado com o erro vergonhoso do seu mestre. Perde-se o orgulho em seu pai, perde-se a vontade de percorrer aquele caminho. Tudo é questionado: será este o caminho, qual o destino, a que levará tudo isto, estará no sítio errado? Repetir-se-á esse erro? Será apenas um erro, ou o simples e imprevisível esgotamento da virtude que em seu pai via? Será que se trata de um erro, ou terá passado o pai a filho, o filho a pai, e terão os papeis que se inverter? E caso disso se trate, será o filho capaz de desbravar tal caminho? Seguirá seu pai atrás de si, ou ficará a olhar para o mundo que, à sua volta, se transformou?

Assombram-no as questões... Não sabendo a resposta para nenhuma delas, sabe apenas que, para si, ainda é cedo para ser pessoa. E, independentemente disso, terá de lidar consigo e com a sua vida, sem que ninguém de si tenha piedade.

E lá parte ele, traçando o seu caminho. Mais tarde decidirá se seguirá novamente ou não as pegadas de seu pai. Para já, fará o seu caminho, em busca do que um dia o leve a ser pessoa...

(...e mata-se o infinito quarteto, a pedido da exaustão do mineiro.)
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Eu não vou...

...nem quem me paguem! Excepção seria feita se arranjasse um bilhete à borla para ver a Shakira. E era literalmente para ver a Shakira ;)

Mas comentários pimba à parte, encontrei uma "notícia" n'O Público de que gostei, especialmente por não ser uma notícia. Confusos? Leiam, vale a pena ;)

Rock In Rio? O Rock In Rio é um outro mundo
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As minhas coisas

(E agora uma sessão de apresentação das porcarias expelidas pela minha mente após um dia de trabalho, tese e pouco mais...)

Levaram as minhas coisas. Acordei e não estavam lá. Não posso afirmar que as tenham roubado. Nem quem as levou. Ou sequer se alguém as levou. Poderão muito bem, apenas, ter-se fartado da sua fatigante e monótona rotina de serem as minhas coisas, e ter partido em busca de algo diferente, em busca de um sonho, de um destino, ou de uma simples ponte de onde saltar para porem fim à sua existência. Não sei onde estão, apenas sei que não no seu eterno sítio de estar.

Dei pela sua falta momentos depois de acordar. Naquela altura em que a fronteira entre os sonhos e a realidade parece não existir, e tudo se mistura num só cenário, tão perfeitamente lógico e credível, que nem nos damos conta de que não o é. À medida que a ficção é rasgada lenta mas eficazmente dos meus olhos, apercebo-me de que algo está diferente. E aí me dou conta de que as minhas coisas não estão lá.

No seu lugar encontro outros objectos, aparentando serem capazes de cumprir, com a mais perfeita exactidão, as funções dos seus antecessores. Talvez até melhor, dada a sua pose imperativa, militar, sóbria e cinzenta. Observo-os quase que a medo, pois a sua presença, longe de ser ameaçadora ou sobressalente, intriga-me mais do que fascina. Todos estão no seu sítio e pareceriam, a qualquer leigo, ali ter estado desde sempre. Parecem ter sido feitos para ali estar, dando ares de que, em qualquer outro local do mundo, seriam vistos como claros refugiados de uma qualquer guerra de guerrilha sem princípio, meio ou fim.

E, da sua aparente altitude de topo de móvel ou prateleira, eles fitam-me com o seu sério e mordomado olhar. Quase parecendo discretamente revoltados por estes momentos de inutilidade, aguardam pacientemente as minhas ordens, na esperança de que lhes dê uso, para que possam ganhar vida e fazerem a única coisa que sabem fazer: aquilo a que foram destinados.

Verifico-os, um a um, e certifico-me de que fazem o que lhes é pedido como deve ser. E eles acedem, sem dificuldades, ao que lhes peço. Agem fria e mecanicamente, com a precisão e fatalidade de um bisturi. Os livros relatam-me histórias completas e elaboradas, os cds fazem tocar as notas com uma claridade invejável, as gavetas abrem-se com suavidade para mostrarem camisolas imaculadamente arrumadas e estimadas. Tudo é perfeito, dentro da imperfeição possível da impessoalidade.

Mas estas não são as minhas coisas. São as coisas de alguém, um alguém genérico, impessoal, quase inumano. E, sem as minhas coisas, este não sou eu. Ou, pelo menos, sou um "eu" a quem faltam as suas coisas, a quem faltam partes. Um "eu" a quem levaram gostos, defeitos, vícios, segredos, manias, recordações. Quem levou as minhas coisas (se é que alguém as levou), levou consigo um pouco de mim, e prendeu-me a esta estranha e inédita fase da vida: "busco as minhas coisas".

Tiro qualquer coisa de uma gaveta para vestir, sem me dar ao trabalho de muito escolher. Assenta-me que nem uma luva, mas deixa-me uma sensação estranha no corpo. Algo apenas descritível como o exacto oposto de estrear a nossa peça de roupa favorita. Agarro numa ou outra coisa que sei que me farão falta, e saio. Sinto que não sou eu quem vai por aquela rua fora, mas um sósia, uma cópia com defeito de impressão na qual apenas se vislumbra uma mancha do que se pretendia que fosse. E parto, decidido a recuperar as minhas coisas. Decidido a encontrá-las, e com isso repor o meu normal estado de ser.
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Só para designers

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Apanhado das notícias dos últimos dias

A UE vai disponibilizar um fundo de 750 mil milhões de euros (o equivalente a 75 x 10¹¹ pastilhas Gorilla de banana) para evitar que situações como a da Grécia voltem a ocorrer, e contagiem os restantes países da zona euro. Para tal, foi "pedido" (leia-se, quase de certeza, "exigido") que os países em dificuldades tomem medidas adicionais de combate ao défice. Sócrates já anunciou há dias que vai "repensar" (adiar) a 3ª travessia do Tejo e o aeroporto. O ministro Teixeira dos Santos veio ontem falar na "possibilidade" de aumentos de impostos. Sócrates, por sua vez, reuniu com os elementos do seu partido, mas recusou-se a divulgar que medidas pensa tomar para alcançar a redução adicional do défice (e assim podermos pedir trocos emprestados à Europa para comprar pastilhas). Em vez disso,vai reunir com Pedro Passos Coelho, líder da oposição...

Caso ainda não tenham percebido, vêm aí aumentos de impostos, e dos grandes. E ainda bem! Pode ser que assim se pare de falar no raio do Benfica e no Papa!

PS.: Se oiço mais alguém dizer que a bolsa subiu 10% porque o Benfica ganhou o campeonato, juro que amanhã apareço na capa do Correio da manhã rotulado como assassino.
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Bartoon

Retirado do site d'O Público, de dia 01/05/2010
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Hilter is not dead

Bem, agora que já vos assustei com um título com alusões à extrema direita ultra mega super hiper radical, vamos lá clarificar: o original e verdadeiro Hilter está morto, e assim vai continuar (acho e espero eu).

Falo-vos de outro Hitler. Deste Hilter. Talvez muitos de vós não reconheçam este filme. Eu também não o reconheci. Mas há uma cena do mesmo que ficará para sempre na história da Internet. Esta cena.

Tal como esta, existem mil e uma paródias feitas tendo por base esta cena, em que se adaptam as legendas para caricaturar inúmeras situações.

Pois bem, desde hoje que estas paródias foram banidas do Youtube. A empresa detentora dos direitos do filme, Constantin Film AG, pediu à malta do Google para retirar do Youtube todos clips que têm por base este excerto do filme. Claro que os autores das paródias não gostaram.

Mas em vez de iniciarem uma avalanche de protestos online ou chamarem tudo menos "mãe" e "pai" à malta da dita empresa, decidiram ser originais e geniais. Aqui fica. Vejam até ao fim, vale muito a pena (espero que não retirem este clip também):

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A todos os que não gostam de gotan project

Mantenham-se longe de mim durante as próximas semanas. Já saiu o novo álbum, "Tango 3.0" e eu vou ouvir até à exaustão :D

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Viva aos cristãos “faz de conta”

Cardeal Patriarca de Lisboa defende diminuição de cristãos “faz de conta”

Ora aqui está um senhor que, por uma vez na vida, diz qualquer coisa acertada (se calhar até disse mais, mas como é cardeal, tudo o que ele diz deve ser encarado com espírito especialmente critico). Deveríamos acabar os cristãos de faz de conta. Como o próprio diz, isto são aquelas pessoas que casam pela igreja porque sim, aquelas que vão à missa de domingo porque não têm nada melhor para fazer.

Há uma certa tendência em ler a palavra "cristão" como sendo alguém que segue a doutrina da igreja católica apostólica romana. No entanto, "cristão" apenas significa alguém que acredita na religião de Cristo. E religiões à roda de Cristo andam aí a pontapé. A igreja de Roma e do Papa é uma delas. As restantes têm menos visibilidade, mas também andam aí.

Se se fizesse a distinção entre cristão no sentido literal da palavra, e cristãos da igreja católica apostólica romana, chegaríamos à mesma conclusão a que o senhor Policarpo chegou: há muita gente que acredita em Deus e em Cristo, mas poucos vivem segundo o modelo imposto pelo Vaticano.

O que faz disto um grande tiro no pé por parte do senhor Policarpo. A igreja assenta na fé e na crença que existe à sua volta. É esta espécie de clubismo que a sustenta, não só financeiramente, como também politica e socialmente. E é essa imagem de cristão = católico apostólico romano que lhe permite transmitir essa imagem de entidade poderosa com imensos seguidores em todo o mundo. Mesmo quando, na realidade, tal não se verifica.

A igreja conta com muitos seguidores, mas também com muitos que o são sem o quererem. Muitos são os que acreditam em Deus e se vêem associados a Roma e ao Papa devido a um preconceito social. E é isso que permite à igreja manter a posição que detém, porque embora tenha poucos verdadeiros fieis, tem muitos falsos crentes que ajudam a aumentar os números e a manter-lhe o poder que detém.

Se alguém levasse a ideia do senhor Policarpo para a frente, até seria bom. Talvez o Papa dissesse menos disparates e a fé em Cristo passasse a contribuir para o bem das pessoas, em vez de as manipular e incutir a não utilizarem preservativos, e outras tantas barbaridades completamente desfasadas da realidade do século em que nos encontramos.

Mas, por outro lado, há quem diga que eu tenho mau feitio. Se calhar é só isso a vir ao de cima....
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Gato preto, gato branco

Tenho de arranjar um bocadinho para rever este filme, ando com saudades. Até lá...

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Requiem for a dream


Acabei agora de ver este filme. Possivelmente o filme mais pesado que alguma vez vi... Por isso mesmo não vos consigo dizer para verem. Mas é muito bom, e por isso não vos consigo dizer para não verem. Fica ao vosso critério

Só porque me apetece...

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Frase do dia

"Poucas coisas são mais sinceras do que a lágrima derramada por saudades de lágrimas perdidas"
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Noticia do dia

Ateus britânicos querem Papa preso quando visitar Reino Unido

Onde é que assino por baixo?
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O dia das mentiras

Texto retirado do Público de 08/04/2010, da autoria de Helena Matos. É algo extenso, mas vale muito a pena.

"O ano em que o medo do ridículo matou o Dia das Mentiras

Constato que quase ninguém brincou ao Dia das Mentiras. E temos razão para isso. Afinal tal não seria possível pois muito provavelmente a mentira seria mais verosímil que a realidade. Portugal tornou-se um palco onde nada está no sítio que lhe corresponde e ninguém faz o que lhe compete.

O Parlamento faz de tribunal. Os juízes processam quem faz declarações que consideram ofensivas no Parlamento-tribunal e não se preocupam em esclarecer os cidadãos sobre o que decidem e acontece nos tribunais de verdade. Os pais têm receio de ser pais e falam como se fossem psicólogos. O primeiro-ministro faz de conta que não fez o que dizem que fez quando não era primeiro-ministro e, enquanto primeiro-ministro, dedica grande parte do seu tempo a comentar jornais e televisões. Os funcionários públicos, consoante a idade, ora fazem de conta que vivem na Suécia nos anos 70 do século passado e reivindicam direitos adquiridos e por adquirir ora levam os dias a fazer cálculos para a salvífica reforma que lhes permita deixarem de ser funcionários. Os empresários consideram que têm sucesso quando conseguem colocar-se sob a tutela do Estado. Os ministros e gestores das empresas públicas tornaram-se negociadores de algo que designam como assinar a paz com os sindicatos mas que, por ironia, se traduz inevitavelmente em criar mais guerras com outros sindicatos que também querem uma paz daquelas.

Os polícias manifestam uma dificuldade cada vez maior em patrulhar as ruas e aspiram a tornar-se amanuenses através de transferências para as secretarias onde ficarão a salvo de ataques e de processos administrativos. Os contínuos que se tornaram auxiliares de acção educativa e seguidamente assistentes operacionais preparam-se para ser substituídos pelos polícias na resolução de conflitos dentro da escola. O Estado abomina as suas competências exclusivas: a justiça enfrenta a maior crise de credibilidade que se lhe conhece; os negócios no estrangeiro substituíram os Negócios Estrangeiros e a segurança dos cidadãos está reduzida a uma questão estatística. Mas simultaneamente o mesmo Estado todos os dias inventa novas competências que ninguém lhe pediu e não abdica de arcaísmos legislativos: do aumento dos alugueres ao período dos saldos; do teor de sal no pão ao material que deve revestir os balcões das lojas; das escolas que as crianças devem frequentar a uma política de gosto na cultura, tudo o Estado português quer fazer e nessa matéria a imaginação deste Governo é inesgotável. Fazer o que compete a um Estado é que não.

Os escândalos fazem na política as vezes das diferenças ideológicas. Os jornalistas são acusados de não encerrarem os casos que os tribunais arquivaram ou não consideraram relevantes. Os militares vivem em bicos de pés não vá o povo perceber que as Forças Armadas não são uma ONG e que no Afeganistão se combate a sério.

Este frenesi esquizofrénico tem-nos entretido muito mas era inevitável que acabássemos cansados. O país está cansado. O problema não é a falta de dinheiro. Nem sequer a crise. O problema é este cansaço resultante do absurdo em que o nosso quotidiano se transformou. Um absurdo tão absurdo que, com medo do ridículo, já não brincamos ao Dia das Mentiras."
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Parabéns

De mim, para mim:
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Plano de festividades para os próximos meses

Eu vou...
...e também vou...
... e também vou...
...e a este não vou...
...e a este também não, porque já não há bilhetes :( Mas se alguém arranjar, diga!
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WeewWEwewewe estava há muito à espera disto :D

07 de Maio, Coliseu, Gotan Project, para apresentar o novo álbum, Tango 3.0 (que sai a meados de Abril)

Fica aqui o link para o novo vídeo deles. Quem me quiser acompanhar, é favor dizer. A não ser que o mundo acabe, eu vou!!! Afinal de contas, o melhor concerto que já assisti até hoje foi o que eles deram no Campo Pequeno a 20/12/2008... :D
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Bullying

Recentemente, os media portugueses decidiram importar mais uma palavra, e assim gerarem tema de noticia para mais uns tempos. A "sorte" calhou à palavra "bullying". Ora, já todos sabem o que isto significa. O que aparentemente ninguém sabe é que isto não é um fenómeno novo, e que sempre existiu violência física e/ou psicológica nas escolas. Talvez isto seja conhecimento de elites, nomeadamente aquela elite denominada "pessoas que frequentaram uma escola pública".

Inclusive o Doutor Daniel Sampaio, o José Mourinho da psicologia infantil, disse isso mesmo numa entrevista à TSF (salvo erro). Mas como "yesterday's news" não vendem jornais, é melhor não ligar ao senhor. Que raio percebe ele do assunto?

Diz-se por aí que este é um problema difícil de resolver, que não se pode recriminar os agressores porque são menores, nem os pais porque são normalmente de classes sociais mais desfavorecidas, etc etc etc.

Ora eu, num dos meus acessos de genialidade brilhantismo (fenómeno também conhecido como diarreia cerebral), arranjei a solução para o problema. Tranquem os "bullys" todos numa sala, e metam uma projecção deste vídeo a rodar durante 6 horas, uma e outra vez. Vão ver como os putos saem de lá mansinhos ;)
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Plants Vs. Zombies



Vídeo retirado de um jogo, disponível num qualquer site de torrents. Recomendo, é altamente divertido e viciante.
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Stereo Addiction - Human

Vi este vídeo hoje, enquanto me dedicava ao homicídio da caloria. Chamou-me à atenção pelas imagens em si, porque no ginásio as televisões estão no "mute", e somos constantemente bombardeados com as diversas edições da colectânea "Orbital Mix", incluindo lados B, edições de coleccionador com discos de bónus, faixas escondidas, raridades e inéditos nunca antes editados. Claro que, no fundo, esta descrição compreende 3 ou 4 faixas que tocam incessantemente, em tom de lobotomia para os presentes. Afinal de contas, se o nosso cérebro estiver a magicar maneiras de se auto-destruir para fugir ao pranto, as nossas pernas bem que podem gritar, berrar e contorcer-se de dor, que isso não nos incomoda, certo?

Aproveito para agradecer à alma que teve a excelente ideia de inventar o leitor de mp3 portátil. A minha sanidade mental (ou o que resta dela) agradece.

Anyway, como estava eu a dizer antes de começar a divagar, o vídeo chamou-me à atenção, e logo decidi que teria o seu lugar aqui no meu blog. Até me pus a pensar se haveria maneira de por só o vídeo, pois qualquer coisa que passe na MTV hoje em dia tem 99,999999999999% de não me agradar. Mas afinal não. A dita música, longe de ser um exemplo de brilhantismo, não é má de toda. O que até dá um certo jeito, porque assim escuso de ir procurar maneiras de por o vídeo no meu blog em "mute" ;)

Enjoy!!!

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Se alguém não concordar com esta notícia, é favor abandonar este blog...

...ok, estava a brincar. Mas não poderia concordar mais com este senhor. Quase ao ponto de me apetecer ir à Fnac comprar o livro dele (e talvez o fizesse se não estivesse completa e totalmente na falência)

Informação espectáculo e dramatismo na TV fazem passar mensagem errada da realidade
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Quando for grande, também quero fazer birra...

Deputados socialistas batem com as tampas dos computadores

Tropecei nesta noticia um dia destes, e decidi partilhar com os meus caros leitores.

Esta é a forma de protesto que os nossos deputados utilizam. Eles que, tal como dito por Jaime Gama, têm o poder de legislar para contornar estas situações. E, em vez de levantarem um debate legítimo sobre este assunto, optam por bater com a tampa do computador (já agora, gostava de saber se são pagos pelos próprios ou pelo estado).

Já estou a imaginar a bancada do PS na AR a amuar e fazer birrinha, de lábio inferior para fora e braços cruzados. Por não poderem tratar de assuntos pessoais no local de trabalho. Assim as couves no Farmville vão apodrecer... :(

Da próxima vez que alguém do governo falar em "aumento de produtividade", convido uns amigos para ir até à AR e, em plena sessão, batermos com as tampas dos computadores. Com jeitinho, pois os nossos não são pagos pelo estado.
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Recordar é viver...



Quem não se lembra disto?
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Frase do dia

"The things you own end up owning you"

Fight Club
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Parvoice do dia de hoje

Se Franz Kafka tivesse vivido no Portugal do século XXI, algo como "O Processo - edição de bolso" seria perfeitamente inconcebível.
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Chile, 9 dias depois

Link
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A completa e total lavagem cerebral :P



Esta música tem o dom de, volta e meia, me vir à memória e lá ficar durante dias. Mais do que qualquer outra. E como não quero enlouquecer sozinho, decidi partilhar convosco. Digam lá que não sou um querido? :P
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Canção a....

Um dia destes deixarei de escrever.
Deixarei de ver os pássaros voar,
De procurar nos buracos uma flor,
De esperar que o sol nasça e depois se vá.

Deixarei de ver o brilho da lua
De ouvir os miados dançar ao som da sua luz
De sonhar com poemas nunca escritos
Ou com frases de irreal beleza.

Deixarei de aconchegar nos meus braços
O silêncio de quem pede sem estender a mão
De quem quer sem saber o quê
De quem enlouquece em sonhos despertos

Farei vir até mim a doçura do conforto
E seguirei quem também segue.
Render-me-ei a todos e irei com eles
Sem nunca saber onde vou
Sem que nenhum de vós saiba para onde vai.

Deixarei de viver nesta minha loucura
E passarei a ver o mundo
E nesse dia saberei
Que o mais louco é aquele
Que nunca louco quis ser.

(de autor desconhecido)
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The Matrix runs on Windows XP

Atenção:
O vídeo que se segue é altamente geek. Se não o perceber total ou parcialmente, temos pena. O autor deste blog não se responsabiliza por nada relacionado com este post. Aliás, o autor deste blog não se responsabiliza por nada neste mundo. Felizmente tem pai e mãe que tratam dele e o metem mais ou menos na linha. Se assim não fosse... bom, o autor deste blog não quer nem pensar nisso.

Enjoy ;)

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Reflexão sobre os dilemas do conhecimento

2ª feira à noite, conversa online com a minha doce, virtual e natalícia esposa Abobrinha, subordinada ao tema do meu ultimo post. Em particular, naquele momento, discutíamos a depilação à brasileira.

No meio da dita conversa, estava eu elaborando a minha opinião sobre o dito assunto, alegando que o dito corte de ...cabelo é muito giro, mas ao fim de uns dias começa a arranhar quem se aproxime. Genial como sempre foi, a Abobrinha contrapõe da seguinte forma:

"É esperar que cresçam ou aproveitar o lado B da vida!"

Compete-me a mim não comentar esta afirmação, e deixar que os meus caros leitores apreciem a sua beleza natural. Desfrutem :)
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Os dilemas do conhecimento

Pois bem, chegou a altura de pôr à prova os caros leitores deste blog. Sim, isto não é só vir aqui ler disparates, soltar umas gargalhadas (sobre os posts ou sobre o autor) e deixar uns comentários para manter a coisa a fluir. Vocês, minha querida e imensa multidão, deverão dar provas do vosso carácter, e mostrarem a vossa verdadeira natureza.

Ora bem, há alguns anos atrás alguém disse algo do tipo "o conhecimento não é bom nem mau, a sua utilização é que o é", ou qualquer coisa do género. Possivelmente até foi uma frase bem mais pomposa, mas isso agora não interessa. Toda a gente percebeu a ideia, certo? O quê, não concordam? Nesse caso, é favor deixar um comentário com o vosso endereço IP, para poderem ser banidos sem dó nem piedade deste espaço. Aqui quem manda sou eu!!!

Bom, de volta ao assunto, venho por este meio presentear-vos com o seguinte conhecimento:

Swarovski - Wikipedia

E, quem não sabia, ficou a saber que existe a dita marca de cristais.

Pois bem, agora que já estão devidamente enquadrados, meus caros leitores, segue-se o teste ao vosso carácter:

- Todos aqueles que se consideram pessoas de bem, sigam este link, e serão presenteados com belos artigos provenientes da boa utilização da tecnologia desenvolvida pelo senhor que deu nome à marca.

- Todos os que, por sua vez, idolatram Satanás e/ou a Manuela Moura Guedes (eu pessoalmente acho que são a mesma pessoa, pois nunca foram vistos os dois juntos), por favor sigam este link, e vejam aquilo que pessoas como vocês são capazes de desenvolver, mesmo tendo por base uma máquina que, aparentemente, só pode ser utilizada para o bem da humanidade.
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Foi a Sónia...



A música de Amália nunca encaixou lá muito no meu gosto musical.
Sou ateu, e como tal a letra desta música dá-me mesmo uma certa volta ao estômago.
A versão dos "Amália Hoje" retrata bem a grandiosidade que foi Amália e que lhe deve ser atribuída enquanto grande senhora do Fado (e da música portuguesa em geral). Mas...

...foi a Sónia que me fez por aqui este vídeo. Miúda, és boa como o milho, e cantas melhor ainda. Quando meteres o Fernando Ribeiro a andar, liga-me :P

(Sim, este é o post mais pimba, lamechas, baixo nível, obreiro, e {inserir todo e qualquer adjectivo depreciativo existente}. Mas estou num daqueles dias em que ou digo disparates à séria, ou mando o mundo todo à merda ainda mais à seria. Opá, e têm de admitir: a miúda canta bem)
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A solitária felicidade

(Digo-o como um messias o diria a quem aguarda com fé e perseverança as suas muito esperadas palavras)
Meus amigos, estamos fodidos...

Poderia dizê-lo de outro modo. Talvez tentar amenizar as palavras, para evitar chocar alguns ou não desesperar outros. Mas não. É assim que tem de ser dito, e não o direi por meias palavras apenas para facilitar a sua digestão.

Dependemos sempre de alguém. Amigos, família, etc. Dependemos deles para que a nossa vida possa ser facilitada. Dependemos deles para que a vida seja como a conhecemos, e nenhum de nós é capaz de equacionar o seu mundo de outro modo.

Desde cedo somos ensinados a viver em sociedade. Aprendemos a lidar com os nossos pais, depois com os amigos. Interiorizamos e automatizamos a noção de confiança em alguém, e distribui-mo-la por entre quem nos rodeia, com base em critérios mais ou menos padrão. Aprendemos a filtrar o que damos de nós com base nisso, e procuramos sempre hierarquizar o que as pessoas significam para nós. Aprendemos a confiar e a depender.

E aí, fodemo-nos. Como se costuma dizer, "à grande". Ficamos dependentes de quem nos rodeia. Deixamos de lidar sozinhos com o mundo, porque é mais fácil pedir a alguém que nos ajude com essa tarefa. É mais fácil pedir que nos ensinem como tonar a nossa vida mais fácil, do que descobrirmos nós próprios como isso se faz. E, à partida, limitámo-nos.

Nunca contamos com a possibilidade de não termos ninguém que nos ajude a facilitar a nossa vida. Nunca aprendemos a lidar com algumas situações sem recorrer a alguém. E, pior que tudo, nunca pusemos a hipótese de que isso pudesse acontecer. E, quando acontece, caímos de cara ao chão e ficamos sem saber muito bem como nos havemos de levantar.

Damos por nós a tentar descobrir como sair desta situação. E, mesmo que sejamos capazes de o fazer, o choque que sofremos ao descobrimos que estamos sós deixa-nos perplexos e imóveis. E aí ficamos, à espera que alguém passe e nos ajude, ou que as coisas passem por elas mesmas e que um dia sejamos capazes de nos pormos de pé novamente.

Finalmente um dia somos capazes de voltar a ser nós mesmos. E, para tentar que a situação não se repita, voltamos a confiar nos outros, na esperança de que não nos deixem sós novamente. Porque foi isso que sempre nos ensinaram: a depender, a confiar, a dar e esperar (e desesperar) receber.

E aqui há um circulo vicioso. Meus amigos, estamos fodidos...
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Procura-se...

(Há dias em que é difícil decidir qual o estado de espírito em que estou. Ultimamente, felizmente ou infelizmente, não tem acontecido)

Procura-se espaço de qualquer natureza para liberdade criativa. Pretende-se sitio sossegado, sem barulhos penetrantes de fundo nem complicações históricas ou de outra espécie. Preferência por locais nocturnos, pouco iluminados, com abundante luar e toque de mar.
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Starbucks

Pois bem, decidi seguir a sugestão da Vio e vir até ao Starbucks beber qualquer coisa (que não um expresso, pois isso seria um crime) e escrever um post. Sim, eu que sempre fui contra o Starbucks, vim cá e paguei por um producto por eles vendido. E estou a utilizar a net deles. E devo confessar que não é mau de todo. Diante de mim tenho uma caneca bem gira (que roubaria se me tivesse sentado mais próximo da porta) cheia de uma bebida de nome estranho que consiste num galão morno com natas e leite condensado (supostamente é chocolate branco, mas sabe a leite condensado) e tenho net no ipod. Não há muita gente à volta e a musica ambiente até nem é má (embora prefira a do ipod) pelo que até é um sitio agradável para se vir escrever qulauer coisa quando o bar da fnac está à pinha ou com eventos a decorrer.

Ps.: que isto não sirva de motivo para pensarem que gosto do Starbucks. Deixei de não gostar para rolerar o sítio. Ainda assim, se algum dia vir cá algum amigo meu a beber um expresso, deixo de lhe falar. E risco-lhe o carro. E pinto-lhe o cão/gato/pássaro/peixe/whatever com tinta côr-de-rosa. Fica o aviso!
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Flaky

Hoje perguntaram-me onde fui arranjar a minha "foto" de perfil (eu sei que a expressão mais indicada é "avatar" mas, à pala do senhor James Cameron, essa palavra passou a ter uma conotação muito negativa para mim).

Pois bem, o dito bicho chama-se Flaky

E, para o ver em acção, podem ir a este site.

Enjoy ;)
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Frase do dia

Atenção, que vou falar de política...

Caros leitores e web crawlers do SIS (o que é um web crawler?)

Venho por este meio pedir a demissão do Primeiro Ministro José Sócrates. Este ultimo escândalo sobre controlar os media foi a prova definitiva de que este senhor não serve para governar este país. Alias, o Zé devia mesmo deixar a politica de todo.

E agora pensam vocês: "pois, a liberdade de expressão é muito importante, e o P.M. tentou privar-nos da nossa". Correcto! "E por isso mesmo deve-se demitir!". Errado.

Todos nós sabemos que a corrupção reina em Portugal. Ora, para a prática de acções desta natureza, como em qualquer acção ilícita, há que saber não ser apanhado. Por exemplo, se eu fizesse downloads de vários gigabytes de filmes, musica e séries da internet de forma ilegal, teria um router wireless (como tenho), para assim poder culpar os vizinhos, caso a policia venha bater-me à porta. Não que eu faça downloads ilegais, atenção. São tudo cópias originais, pois o poder de compra neste país está em altas.

Pois bem, o nosso primeiro foi apanhado. E da pior maneira possível. Está a ser crucificado pelas mesmas pessoas que tentou controlar: os media. Ora, isto é claramente uma prova irrefutável de incompetência: incompetência para ser corrupto.

Mais: tentou violar a lei e está a dar-se mal à pala disso, porque alguém violou a lei e divulgou as escutas. E essa pessoa safou-se com isso. Fica a proposta: encontrem o gajo que divulgou as escutas, e metam-no como P.M.. Essa pessoa sim sabe fazer as coisas como deve ser. O Eng. Sócrates não. Não sabe governar nem sabe corromper. Que saberá ele fazer?
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Morre (literalmente) de inveja, James Cameron

Querem melhores efeitos especiais do que os que viram em "Avatar"?

Aqui têm:



PS: Não desejo que o senhor Cameron morra mesmo. Mas seria fixe que deixasse de fazer filmes. Já teve os seus 15 minutos de fama. Não precisamos de mais tortura cinematográfica.
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Há dias...

Há dias em que não tenho tempo livre...

Há dias em que acho boa ideia não me armar em psicólogo...

Há dias em que não me apetece brincar com o Word...





Hoje não foi nenhum destes dias

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Precisa-se...

...de bastante boa musica, para renovar a minha colecção musical. Agradece-se alguma urgência. Aceitam-se entregas por cd, dvd, email, pen, encontro no café com portátil e disco externo, pombo correio, sinais de fumo, etc.

Treta do dia

Quantas pessoas saberão a diferença entre "não gosto" e "não presta"?
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Para dedicar a...

...todos aqueles que vão ficar a trabalhar até tarde por não acreditarem nos poderes da Hello Kitty :P

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Reflexão desajeitada sobre a morte

Porque será que, quem não foi respeitado em vida (por "mérito" próprio ou não), o é após a morte, e ganha uma certa aura de santidade e perdão?

Se se respeita tanto quem já partiu porque não se pode defender, porque não se respeita de igual modo aquelas pessoas de criticamos e não temos coragem de enfrentar?
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A perfeita felicidade

"Perfeição" e "felicidade" são dois conceitos que as pessoas raramente juntam. O primeiro é sabido ser impossível de atingir. E, talvez por esse motivo, nunca é feita a devida associação ao segundo.

A felicidade é, na sua essência, o mais perfeito dos estados de espírito. Resulta da realização de todos os desejos que temos, independentemente da sua natureza. E é na busca dessa utopia que todos nós acordamos de manhã, vamos às nossas vidinhas, e regressamos a casa à noite. Todos nós ambicionamos chegar ao fim do dia com um pouco mais do que tínhamos quando acordámos.

Mas a felicidade é inatingível. Afinal de contas, nenhum de nós sabe o que é a perfeição. Ninguém é capaz de escrever o livro perfeito. Ninguém é capaz de realizar o filme perfeito, pintar o quadro perfeito, compor a canção perfeita, projectar o carro perfeito ou dar o beijo perfeito. A perfeição não passa de um conceito puramente abstracto, que nunca nenhum ser humano foi capaz de verdadeiramente definir. É simplesmente "aquela coisa sem falhas". Mas, o que é, ninguém sabe ao certo...

Antes da perfeição e, consequentemente, da felicidade, existem as coisas muito boas. Aqueles momentos que, não sendo perfeitos, nos trazem alguma alegria. Nos fazem chegar ao fim de um dia com a sensação de conquista, de sucesso, de prazer. Tais momentos não são perfeitos: não são eternos nem puramente bons. Sabemos disso, mas continuamos a procurar esses momentos...

... pois é para eles que verdadeiramente vivemos. No fundo, todos sabemos ser impossível ser verdadeiramente feliz. O que não quer dizer que não possamos ter uma boa vida, recheada de bons momentos. Não quer dizer que devemos deixar de sair da cama de manhã e voltar a ela à noite para repetir o ciclo nos dias seguintes. Não quer dizer que não devemos ir de férias, namorar, casar, ter filhos, mandar o chefe à merda quando recebemos uma proposta melhor de uma empresa concorrente, etc. Tudo isso vale a pena. Muito mais do que pensamos (ou queremos pensar). É para isso que vivemos. Para procurarmos e vivermos as coisas muito boas. Porque as coisas perfeitas não existem.

Procuramos (e devemos procurar) esse prazer, mesmo que seja efémero. Sabemos que dura sempre pouco. Dura o tempo de um cigarro, o tempo de um sorriso, de uma troca de olhares, de um doce beijo ou de um violento orgasmo. Sabemos, mesmo antes de começar, que vai terminar. E, ainda assim, estamos dispostos a muito para o alcançar. Muitas vezes, até a demais...

Estive disposto a demais para alcançar um desses momentos. E sinto-me mal por isso. Mas, tal como não existe a felicidade, também não existe a infelicidade. Tal como me sinto mal por estar disposto a tanto, sinto-me bem por me terem trocado as voltas e o desfecho de um momento não ter sido aquele em que sacrificaria algo de bom apenas por um efémero momento de pseudo-felicidade.


You can't always get what you want
But if you try sometimes well you just might find
You get what you need


- Mick Jagger and Keith Richards, The Rolling Stones
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Agentes motivantes

O pragmatismo é uma coisa tão motivante que só me apetece bater-lhe com um pau com um prego ferrugento na ponta.
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Só porque sim

Só para não dizerem que sou um tipo depressivo, e que nunca meto aqui nada para a malta se rir...



...bom, na realidade, nunca ninguém disse que eu era um tipo depressivo, ou que nunca punha aqui nada para a malta se rir. Mas pôr só o vídeo e não escrever um disparate associado contraria a ideia por detrás deste blog.
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Hoje...

- ...não queria ter magoado alguém...


- ...queria ter escrito algo....


-...queria não me sentir sozinho...
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Farmville - parte 3

Da mesma autora da anterior calinada, aqui ficam mais duas:

"Hoje ainda ninguém me fertilizou"

e

"Hoje já fui fertilizada por dois gajos"
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Avatar... sim outra vez!

Algumas notícias interessantes sobre o dito filme. São do Correio da Manhã. Eu não gosto de sensacionalismo, mas gosto ainda menos de perder uma boa oportunidade de empregar o meu mau feitio a falar mal deste filme (e de todo o histerismo que se gerou à volta dele). Aqui ficam:

Espectadores de Avatar deprimidos e suicidas

Imprensa russa acusa 'Avatar' de plágio
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Saudades de qualquer coisa que por aí ande...

Tenho saudades de fazer coisas. De sair de casa, de chegar tarde ou de, pelo menos, chegar contente. Saudades de ver aquele filme (quase) desconhecido e que (quase) ninguém quer ver, e de o ficar a saborear toda a noite e o dia seguinte. Saudade de ler um daqueles livros que se lê quase que por obrigação ou protocolo, e que têm uma daquelas passagens que são o melhor conselho que alguém nos poderia dar. Saudades de ir na rua e tropeçar num momento alheio que me faz sorrir e me leva a sonhar um pouco mais...
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Avatar

Esta é para dedicar a todas as pessoas que adoraram o Avatar: Avatar Plot Fail

Pensamento...

Lembrei-me agora do quão inútil é esperar por quem nunca virá, e do estúpido que é fazê-lo quando se sabe isso.
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"Panem et circenses"

Futebol domina programas mais vistos da televisão em 2009
 
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