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A história da internet

É geek, eu sei. Mas o video até é interessante.

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Prémios, desafios, pão, água e inferno

Recentemente, a Eu mesma decidiu não só atribuir-me um prémio, como também lançar-me um desafio.

Relativamente ao prémio, seria suposto eu agradecer e atribuir o mesmo a mais umas quantas pessoas/blogs. Não me apetece. Soa a corrente de email, aquelas que se criam para salvar uma criancinha (vulgo Gremlin) na Tailândia que sofre de uma doença que afecta uma em cada 9 gazabiliões de crianças, e que toda a gente reenvia sem apagar a lista de anteriores destinatários, e que dá bastante lucro aos spammers. Por isso, aqui fica: obrigado pelo prémio :)

Quanto ao desafio, descrever a minha “relação” com os 7 pecados mortais, confesso que é uma questão que me preocupa bastante. Afinal de contas, não quero ir parar ao inferno. Não dava jeito. É melhor fazer algumas alterações aos meus hábitos, a fim de evitar isso:

-Gula: De facto, quando vou ao sushi, como bastante… talvez devesse repensar isso, senão ainda vou parar ao inferno. A partir de amanha, pão e água.

-Avareza: não sabia que querer dinheiro era “crime”. Ou querer bens materiais. A partir de amanha, saio de casa, e mudo-me para o Terreiro do Paço. Lá posso pedir pão e água a quem passa. Mais do que isso e vou parar ao inferno. Ah, e presumo que a roupa seja considerada um bem material. É melhor ir todo nú.

-Inveja: epá, eu até curtia ser um gajo tipo Brad Pitt, para ter uns trocos e uma mulher podre de boa (pessoa). Mas como isto combina avareza e inveja, é melhor estar quieto. Já sei, vou deixar de tomar banho. Certamente assim não estou a invejar ninguém.

-Ira: Até agora tive de prescindir da minha casa, alimentação, roupa, sonhos e higiene pessoal. Tudo isto para não ir parar ao inferno. Mas não estou zangado. A sério que não estou…

-Soberba: lá está, vou pedir pão e água para o Terreiro do Paço. Vou depender da caridade alheia. Terei de ser humilde e submisso para me desenrascar, senão ainda me dão pão com manteiga ou um pacote de leite. E isso é gula.
Luxúria: ah também não se pode ter apego aos prazeres carnais? Quer dizer que não posso querer algum conforto durante o meu dia-a-dia de pedinte? Ok, vou pedir pão e água em cima de uma tábua com pregos. Mais desconfortável não há. E assim fico um paço mais perto do céu.

-Preguiça: portanto, deixem-me ver se percebi: é suposto morar no Terreiro do Paço, todo nu, comer apenas pão, beber água, passar o dia inteiro sentado em cima de uma tábua com pregos e, em cima de tudo isto, tenho de querer trabalhar? Mas se trabalhar ganho, e isso é avareza. Ah, já sei, vou trabalhar à borla. Ou então para uma daquelas associações que ajudam sem abrigos com distúrbios mentais graves, que moram na rua e se alimentam a pão e água.

E pronto, fica a resposta ao desafio. Nesta altura era suposto eu lançar o desafio a uma criancinha em África que sofre de uma doença raríssima (cujo nome tem, no mínimo, 10 sílabas) para poder salvar 15 bloggers… ou era ao contrário?... não interessa!

PS.: para as eventuais pessoas que possam ficar preocupadas com o meu bem-estar após esta análise detalhada do que me espera no futuro, é favor passarem pelo Terreiro do Paço. E levem pão do próprio dia e água fresquinha.
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Voltas...

Neste momento estou numa sala cheia de computadores e outras tantas coisas de informáticos, e pus-me a pensar. Há uns anos atrás, este seria um paraíso para mim.

Desde a minha 3ª classe (portanto, teria 9 anos) que mexo em computadores. Tive o meu primeiro PC com 10 anos, e desde essa altura sempre tive um computador em casa. Sempre ambicionei entrar para a universidade, em informática. Das 6 opções de curso/universidade que se pode escolher ao preencher os impressos para acesso ao ensino superior, 4 preenchi em informática. As outras 2 ficaram em branco...

Neste momento, encontro-me no meio de tudo aquilo com que sempre sonhei. Computadores, routers, switches, e todos aqueles "brinquedos" geeks que fazem um informático sorrir. E só me apetece desliga-los todos e sair daqui. De vez.

Queria poder ir até uma praia, sentar-me na areia, ver o mar e escrever. Queria fazer da minha vida as palavras que escrevo. Queria poder escrever o meu futuro, os meus dias, os meus sonhos. Não quero ser vidente ou controlar o meu destino. Quero apenas escrever o que quero viver.

Com papel e caneta.
Não com teclado e rato.
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Frase do dia

Esta encontrei escrita numa parede, a stencil, algures numa rua escura na Amora. Não sei se a frase era exactamente esta, mas a ideia é:

"Uma maioria democrática poderá apenas significar que todos os idiotas estão do mesmo lado"

Não estou com isto a criticar ou apoiar este ou qualquer outro governo. Apenas gostei da frase, do modo como a ideia em si é exposta.
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Direitos

Há uns tempos pesquei estas 2 listas da internet, coisa que andava para fazer há algum tempo. Têm bastante importância para mim, e gostaria de as deixar aqui presentes, no meu blog.


Direitos do leitor:

O direito de não ler.
O direito de saltar páginas.
O direito de não acabar um livro.
O direito de reler.
O direito de ler não importa o quê.
O direito de amar os “heróis” dos romances.
O direito de ler não importa onde.
O direito de saltar de livro em livro.
O direito de ler em voz alta.
O direito de não falar do que se leu.

Direitos do escritor:

O direito de não escrever.
O direito de não mostrar o que escreveu.
O direito de não acabar um texto.
O direito de não reler os seus textos.
O direito de escrever não importa aonde.
O direito de saltar de texto em texto.
O direito de não falar do que escreveu.


Fica aberto espaço a sugestões para as completar, se quiserem.

Dever social do pedreiro

Hoje, em conversa com uma amiga, surgiu a seguinte frase: “Os gajos das obras têm uma função social muito importante: feia ou boa, dizem sempre qualquer coisa”

Decidi partilhar convosco tal pensamento. E, analisando bem a coisa, ela tem toda a razão. O típico pedreiro, que passa 8h por dia pendurado no andaime, é melhor do que qualquer psicólogo no que trata a subir a auto-estima a qualquer mulher que passe. Sim, acredito que seja chato para vocês, mulheres, serem assediadas por tais senhores, ainda por cima com coisas de tão baixo nível como “Não sabia que as flores também andavam” ou (e este tem de ser com sotaque do norte) “a menina é como um helicóptero: gira e boa”. Mas certamente, lá no fundo até é capaz de vos subir a moral. Um elogio cai sempre bem, mesmo que seja vindo de alguém que usa roupa suja todo o dia e ganha pouco mais que o salário minimo.

Por outro lado, há aqueles que se dedicam a chamar “sacas de batatas”, “trambolhos” ou “acidentes de viação” às senhoras menos prendadas que passam. Mas uma coisa pode-se sempre garantir: sinceridade. São como os júris dos Ídolos, mas mal vestidos e com vocabulário menos apurado. Mas dizem o que têm a dizer, sem papas na língua. Por isso, fica o conselho a todas as senhoras: se querem saber se aquele vestido novo vos fica bem, não perguntem à amiga. Vistam-no e corram para a obra mais próxima. Eles estão lá para desempenhar a sua função social. E ainda lhes pagam para isso. Os tijolos são apenas para eles se entreterem enquanto não passa ninguém.
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RFM, por amor de deus!!!

Quem me conhece sabe que sou licenciado em eng. informática e estou a tirar mestrado. Quem não me conhece, fica agora também a saber. Longe de ser o típico rato de laboratório que toda a gente vê nos informáticos, debato-me com os mesmos problemas que os meus pares. Talvez por não conhecerem muito bem o curso em si, toda a gente acredita que, durante os 6 anos que passei na universidade, apenas estudei manuais de instruções de tudo e mais alguma coisa que funciona a energia eléctrica neste mundo. Assim, logo que o primo do tio do avo do conhecido da vizinha do amigo do meu pai tem dificuldades em por a funcionar uma qualquer central nuclear do outro lado do mundo, é para mim que ligam, a perguntar como é que se põe a consola PXF-3000 a fazer a separação dos núcleos de átomos de manganésio-46, utilizando a técnica desenvolvida por Michael Powers em 1689. E não vale a pena dizer que não conheço o dito senhor e que em 1689 não se separavam núcleos de átomos. Quem liga quer aquilo a funcionar, e já!

Outro caso comum é ligarem-me a perguntar como se faz um page-break invertido com dupla pirueta e triplo salto no Word. Sim, porque toda a gente sabe que tirar uma licenciatura em informática é o mesmo que tirar um curso de formação em Word. E que nós, no fundo, passamos o dia todo a bater texto e a aplicar uma formatação XPTO no Word. As cadeiras em que nos ensinam a programar são apenas para matar os intervalos entre as aulas de "Introdução ao Word 2007" e "Criação e manipulação de fórmulas em Excel".

Assim, para todos aqueles que, quando têm dificuldades com electrónica, ligam para o amigo informático, deixo-lhes a seguinte mensagem: RFM!!!!! Para quem não conhece, explicito: Read (the) Fucking Manual. Sim, aqueles livros pesados que vieram com a vossa máquina fotográfica nova não são para meter na gaveta ou a servir de calço à mesa da cozinha. Servem para ser lidos. E, por muito surpreendente que possa parecer, lá dentro estão escritas (imaginem lá) as instruções para operarem o vosso brinquedo novo!!! Fantástico, não é? As coisas que as pessoas inventam.

Por isso, meus amigos, da próxima vez, já sabem: leiam o manual de instruções. Assim evitam chatear um qualquer informático inocente. Agora, se me permitem, vou assassinar criancinhas. Alguém acabou de me pedir que fosse por um auto-rádio a funcionar, e preciso de descarregar mais alguma desta frustração.

 
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